terça-feira, 15 de junho de 2010

Cazuza - O Tempo Não Pára

Jovem. Rebelde. Ícone. Ideólogo. Maior Abandonado. Herói. Exagerado.
Muitas palavras podem definir o músico dos anos 80 e 90 Agenor de Miranda Araújo Neto mais conhecido como Cazuza. A Vida Louca, Vida Breve deste poeta do rock encantou e continua encantando gerações de jovens que encontram em suas músicas um porta-voz para a sua Maioridade sem Mal Nenhum, porque o tempo... O Tempo não Pára.
Cazuza (Rio de Janeiro, RJ, 4 de abril de 1958 – Rio de Janeiro, RJ, 7 de julho de 1990) foi um cantor e compositor brasileiro, que ganhou fama como símbolo da sua geração enquanto vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão Todo Amor Que Houver Nessa Vida, Pro Dia Nascer Feliz, Maior Abandonado, Bete Balanço e Bilhetinho Azul.
Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira do final do século XX. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se Exagerado, Codinome Beija-Flor, Ideologia, Brasil, Faz Parte Do Meu Show, O Tempo Não Pára e O Nosso Amor A Gente Inventa.
Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro.
O Filme ‘’Cazuza - O Tempo Não Pára’’ dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho retrata a vida do compositor e cantor desde quando começou a carreira, atuando na peça Pára-quedas do Coração, no Circo Voador, o sucesso com o Barão Vermelho e sua carreira solo até sua morte em 1990, em decorrência de complicações causadas pela AIDS.
Com elenco de grande porte regido por Marieta Severo interpretando a mãe do cantor, Reginaldo Faria, Emílio de Mello, Leandra Leal e Andréia Beltrão o filme ganhou diversos prêmios nacionais e estrangeiros prestigiando a atuação de Daniel de Oliveira no papel do excêntrico ‘’Caju’’.
O filme venceu no Grande Prêmio Cinema Brasil em 2004, quando foi lançado, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Daniel de Oliveira), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Também foi indicado a Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Ator Coadjuvante (Emílio de Melo), Melhor Atriz Coadjuvante (Andréa Beltrão) e Melhor Atriz Coadjuvante (Leandra Leal). Outras premiações foram concedidas ao longa-metragem como o Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Ator de Cinema de 2004 (Daniel de Oliveira), Troféu APCA de Melhor Ator (Daniel de Oliveira), Prêmio Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira como Melhor Ator de 2004 (Daniel de Oliveira), Prêmio do Festival de Cinema Brasileiro de Miami de Melhor Ator (Daniel de Oliveira) e Melhor Filme, e o Prêmio do Festival de Cinema Ibero-Americano LaCinemaFe de Melhor Filme e de Melhor Ator (Daniel de Oliveira).
‘’Cazuza – O Tempo Não Pára’’ é a cinebiografia que retrata a juventude, os amores, a fama, a homossexualidade e a carreira do compositor de uma forma tão embriagante e sedutora capaz de conquistar fãs do passado e futuros fãs em atuações impressionantes e uma produção convincente de que se está realmente acompanhando ao vivo a vida e a morte daquela figura ‘’perfeita’’, como ele se próprio denomina, afinal ele é perfeito, os outros que são imperfeitos, ‘’sendo filho de Lucinha só poderia ser perfeito mesmo’’.

"Sou da geração do desbunde. Nunca tive saco pra milico, desfile, gente com medo. Todo mundo ficava paralisado, mudo, anestesiado. Não dava pra fingir que não tinha nada. Pra mudar alguma coisa a gente teve que gritar, se drogar, ir pra rua, enfrentar a nossa própria fraqueza. Era uma maneira de não se render. De não ficar careca, careta."

Sinopse:

Rio de Janeiro, 11 de junho de 1980.
Sob a lona do Circo Voador, um jovem muito maquiado canta uma música em inglês. Poderia ser apenas mais um entre inúmeros aspirantes ao sucesso que se apresentavam no espaço mais democrático da época. No entanto, Cazuza não ficaria muito tempo na tribo dos talentos promissores.
Instável, desafiador, mas também extremamente sedutor, ele vivia sua confortável vida de garoto da Zona Sul sob constante vigilância da mãe. Mas Cazuza queria mais - na verdade, queria muito mais. Cazuza queria tudo, ao mesmo tempo, em um agora permanente.
Sua urgência transgressora não conhecia limites e se refletia em todas as áreas de sua vida - nas relações afetivas, nas novas experiências, no amor pelo perigo, na criação artística. E ele logo descobriu que a música era a melhor maneira de expressar essa urgência que não tinha começo, não tinha fim, não tinha foco. Cazuza vivia tudo ao mesmo tempo ao lado de sua tchurma - uma tchurma eclética e heterogênea que refletia vários lados de sua própria personalidade.
O encontro com os Barões - o guitarrista Roberto Frejat, o baixista Dé, o baterista Guto Gofi, o tecladista Maurício - músicos de sua idade à procura de um novo som, foi a primeira etapa de sua vitoriosa carreira de letrista. Junto com os Barões, Cazuza viaja, conhece o Brasil, vive novos afetos e paixões. Para atenuar a intensificação de conflitos familiares, é intimado a trabalhar com o pai, diretor de uma gravadora, onde conhece Zeca, produtor musical experiente, que se transforma em uma espécie de guru e lhe apresenta novos autores e poetas.
O jovem inquieto passa a surpreender com letras de alta densidade poética, que definiam sentimentos e idéias para a sua própria geração, até então, sem porta-voz. A apoteótica apresentação do Barão Vermelho no 1o Rock in Rio em 1985 era a prova de que aqueles jovens que cresceram sob a ditadura podiam finalmente cantar "para o dia nascer feliz" com Cazuza enrolado na bandeira do Brasil.
O sucesso, no entanto, não domesticou as arestas do novo ídolo. Viver cada vez mais intensamente, romper limites e correr todos os riscos fazia parte de seu show cotidiano, monitorado, na medida do possível, por uma mãe atenta e preocupada, mas também orgulhosa do talento do filho que adorava acima de tudo. A falta de regras se incluía na seleção de repertório e ele surpreendeu novamente, por exemplo, ao cantar O Mundo é um Moinho, de Cartola, uma opção inesperada para um roqueiro.
O diagnóstico de que era portador do vírus HIV foi recebido pelo jovem artista com desespero, seguido da busca de novas formas de tratamento para uma doença que, na época, representava uma sentença de morte a curtíssimo prazo. E foi justamente sob esta condenação que Cazuza deu provas de uma coragem sem precedentes no país: expôs a doença e sua deterioração física, apresentou-se em público em shows comoventes e não abriu mão dos poucos prazeres que lhe restavam, disposto a viver o tempo que tivesse como sempre quis: fiel a si mesmo, aos seus desejos e sentimentos. No curto futuro duvidoso que viveu, Cazuza nunca mentiu para si mesmo ou para as pessoas que amava.
Cazuza morreu em 1990 aos 32 anos.

"Estou escrevendo numa tarde cinzenta, fria. Trabalho pra espantar a solidão e meus pensamentos. Perdi muito tempo com este segredo. Hoje eu assumi publicamente a doença. Dizem que gente grande faz assim. Talvez eu esteja ficando grande. Mas ainda tenho muitos medos: medo de voar, de entrar no palco, de amar, de morrer... de ser feliz. Medo de fazer análise e perder a inspiração. Ganho dinheiro cantando as minhas desgraças. Comprar uma fazenda e fazer filhos, talvez fosse uma maneira de ficar pra sempre na Terra. Porque discos arranham e quebram… as pessoas, esquecem. Amor, Cazuza."

Curiosidades:

- Inicialmente o título do filme seria "Eu Preciso Dizer Que Te Amo".
- Para escolha do ator para o papel de Cazuza, Sandra Werneck, desde o início queria um desconhecido. Achava que nenhum ator muito marcado entraria na vida do Cazuza como eu gostaria. Foram mais de 60 testes, o Faustão anunciou a busca de um ator para o papel, muita gente apareceu. Nos testes, não dava cenas, preferia a improvisação. Daniel Oliveira foi sugerido pelo ator Sérgio Maciel, que tinha sido companheiro de Cazuza. Daniel tinha feito uma ponta em um filme que nunca passou, estava fazendo uma peça e só tinha participado de Malhação. No teste, ele deveria improvisar a cena de quando recebia o resultado do teste da Aids. A maioria dos atores chorava, corria, se desesperava. Ele pegou o teste, amassou, botou na boca e cantarolou "o meu futuro é duvidoso". Ele teve uma atitude totalmente Cazuza. Sandra Werneck não teve mais dúvida, mas não podia escolher sozinha. Levou uma fita com oito testes para os pais do Cazuza. Quando João viu Daniel, falou: "é esse, Lucinha".
- Os atores fizeram um curso de preparação com Walter Lima Jr. Ninguém se conhecia, quem era músico não era ator, quem era ator não era músico. O Arlindo Lopes, que faz o Dé, não sabia tocar nada, aprendeu em um mês. O Cadu Favero, que faz o Frejat, só sabia tocar o solo de "Pro dia nascer feliz". O André Pfefer, que faz o Maurício, não era ator. O Dudu, que faz o Guto, é um super ator, mas não era músico. Daniel Oliveira brincava de cantar em Belo Horizonte, mas nada profissional. Durante a preparação do filme tive aula de canto para chegar mais perto do timbre do Cazuza.
- Produtor do primeiro disco do Barão Vermelho, em 82, junto com Ezequiel Neves, Guto Graça Mello assina a direção musical do filme, que tem pelo menos 40 cenas envolvendo parte do repertório da banda e de Cazuza, além de músicas clássicas e outras de Cartola e Ney Matogrosso.
- A carreira do Barão Vermelho deslanchou depois que Guto e Ezequiel conseguiram vencer a resistência de João Araújo, pai de Cazuza e presidente da Som Livre, a gravar o primeiro disco do Barão Vermelho. Nos últimos oito meses, Guto recolheu os tapes de gravações e recuperou todo o material da banda.
- Daniel Oliveira usou de lente de contato e teve que emagrecer 11 quilos, para o papel. Perdeu os 11 quilos em três semanas em um regime radical - em casa e num spa.
- Antes de começar as filmagens de Cazuza, Emílio de Mello quis conhecer Ezequiel Neves, sua personagem no filme e parceiro de longa data de Cazuza. Um contato que chegou a render eventuais mexidas no roteiro, aprovadas pela diretora Sandra Werneck
- A exemplo de seus outros filmes, o apartamento de Sandra, na Gávea, também serviu de locação, como casa de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza.
- Em um no pátio de um condomínio na Epitácio Pessoa, na Lagoa, para recriar num palco improvisado o primeiro show do Barão Vermelho, que na realidade ocorreu em 82 na Barra.
- Flávio Tambellini, que assina a co-produção, viabilizou a construção de uma réplica do Circo Voador no Arpoador e a criação em estúdio de cenários que revivem o Rio dos anos 80 e de Cazuza.
- Os figurinos também trazem de volta as marcas que ditaram a moda na Zona Sul dos anos 80. O olhar atento desvenda rapidamente a camiseta da lata, os anjinhos da Fiorucci, a bermuda jeans da Dimpus, os tênis das marcas All Star e Company, a calça baggy, os biquínis de pano e de tricô, spencers, leggings e as bandanas coloridas. E também o brinco grande numa orelha só, os cabelos assimétricos e as ombreiras. A figurinista Claudia Kopke vasculhou em brechós as relíquias que fizeram a cabeça e vestiram os jovens da geração Cazuza. Para retratar o período que começa no fim dos anos 70 e termina com a morte do cantor, em 90, o filme desfila por dois estilos diferentes.
- A equipe reproduziu as camisetas usadas em shows pelos músicos do Barão Vermelho. Numa delas, Cazuza expõe toda a sua irreverência com os dizeres "Prefiro o Toddy ao tédio".

"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga idéia de paraíso que nos persegue, bonita e breve, como as borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não dói."

Ficha Técnica

Título original: Cazuza - O Tempo Não Pára
Gênero: Drama
Duração: 90 min.
Lançamento (Brasil): 2004
Distribuição: Columbia Tristar Films
Direção: Sandra Werneck e Walter Carvalho
Roteiro: Fernando Bonassi e Victor Navas
Produção: Daniel Filho
Direção de produção: Marcelo Torres
Co-produção: Flávio Tambellini, Lereby Produções, Globo Filmes, Cineluz Produções, Columbia Tristar Films e Petrobras Distribuidora
Música: Guto Graça Mello
Som: Zezé d'Alice
Fotografia: Walter Carvalho
Direção de arte: Cláudio Amaral Peixoto
Figurino: Claudia Kopke
Edição: Sergio Mekler
Maquiagem: Juliana Mendes

Elenco

Daniel de Oliveira (Cazuza)
Marieta Severo (Lucinha Araújo)
Reginaldo Faria ( João Araújo)
Andréa Beltrão (Malu)
Leandra Leal (Bebel Gilberto)
Emílio de Mello (Zeca)
Cadu Favero (Frejat)
André Gonçalves (Maneco)
Arlindo Lopes (Dé)
Dudu Azevedo (Guto)
André Pfefer (Maurício)
Eduardo Pires (Serginho)
Maria Flor (Garota de Bauru)
Fernanda Boechat (Garota da ponte)
Pierre Santos (Tonico)
Victor Hugo (Bené)
Maria Mariana (Talita)
Débora Falabella (Dani)
Henrique Pires

O Contador de Histórias

O Contador de Histórias incita a imaginação e revela seu poder de transformar as mais simples situações cotidianas em estórias mirabolantes e divertidíssimas.
É através dessa incrível capacidade imaginária que Roberto Carlos Ramos narra sua trajetória de vida. Mostrando que a solidariedade e a construção da amizade, acompanhadas de carinho, afeto, atenção, paciência e confiança é o verdadeiro poder de transformação a qualquer ser humano.

Sinopse:

'O Contador de Histórias', filme de Luiz Villaça baseado na vida do mineiro Roberto Carlos Ramos, é a história de como o afeto pode transformar a realidade.
Caçula entre dez irmãos, Roberto desde cedo demonstra um talento especial para contar histórias, transformando, com a narrativa, suas próprias experiências de frustração em fábulas cativantes. Aos 6 anos, o menino cheio de imaginação é deixado pela mãe em uma entidade assistencial recém criada pelo governo. Ela acredita estar, assim, garantindo um futuro melhor para seu filho.
A realidade na instituição é diferente do que se promovia pela propaganda na TV e Roberto, aos poucos, perde a esperança. Aos treze anos, após incontáveis fugas, ele é classificado como irrecuperável, nas palavras da diretora da entidade. Contudo, para a pedagoga francesa Margherit Duvas (Maria de Medeiros), que vem ao Brasil para o desenvolvimento de uma pesquisa, Roberto representa um desafio. Determinada a fazer do menino o objeto de seu estudo, tenta se aproximar dele.
O garoto em princípio reluta, mas, depois de uma experiência traumática, procura abrigo na casa de Margherit. O que surge entre os dois é uma relação de amizade e ternura, que porá em xeque a descrença de Roberto em seu futuro e desafiará Margherit a manter suas convicções.

Biografia:

Roberto Carlos Ramos viveu dos 6 aos 13 anos de idade longe da família como interno da Febem. Analfabeto, usou drogas e roubou nas ruas de Belo Horizonte. Teve 132 fugas registradas no seu prontuário e foi considerado "um caso irrecuperável".
Mas ao contrário do que acontece com milhões de crianças e adolescentes em situação semelhante, não caiu na marginalidade. Aos 13 anos foi adotado por uma francesa que se negou a acreditar que uma criança como ele pudesse ser um caso perdido.
Marguerit Duvas provou que estava certa. Com ela, Roberto aprendeu a ler e a escrever, a falar francês e, principalmente, a dar e receber afeto. Aprendeu a ter autoestima e autoconfiança. Na França, conseguiu concluir seus estudos. Viveu em Marselha até completar dezenove anos, quando retornou ao Brasil para cursar a faculdade na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ao concluir o cuso, retornou à Febem como estagiário.


O pedagogo Roberto Carlos dedicou boa parte de sua carreira como escritor aos livros infantis. Seus livros possuem uma narrativa próxima às histórias narradas oralmente por ele, alguns acompanhados de CD de audio ou DVD's com animações ou com a presença do próprio Roberto Carlos contando as histórias.


Obra:
A Arte de Construir Cidadãos: As 15 lições da Pedagogia do Amor
When The Night is Dark in Brazil
Marambaia
O Contador de Histórias
Resgatando e Contando Nossas Histórias Folclóricas
O Dia depois de Amanhã em Minas
O Morro e a Morte


Hoje, Roberto Carlos Ramos é considerado um dos melhores contadores de histórias do mundo!


Ficha Técnica:

Título Original: O Contador de Histórias
Origem: Brasil, 2009
Direção: Luiz Villaça
Roteiro: Mauricio Arruda, José Roberto Torero, Mariana Veríssimo e Luiz Villaça
Produção: Francisco Ramalho Jr. e Denise Fraga
Fotografia: Lauro Escorel
Edição: Umberto Martins e Maria Altberg
Música: André Abujamra e Marcio Nigro


Elenco:

Marco Antonio, Paulinho Mendes, Cleiton Santos, Maria de Medeiros, Malu Galli, Ju Colombo, Daniel Henrique da Silva, Ricardo Perpétuo, Matheus de Freitas, Victor Augusto da Silva, Teuda Bara, Jacqueline Obrigon, Luciana Carnieli, Chico Diaz, Paulo Federal, Mauricio Marques, Laerte Mello, Rhena de Faria, Cesar Lopes e Montanha Carvalho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Glauber, o Filme - Labirinto do Brasil.





Glauber o Filme, Labirinto do Brasil é um filme documentário brasileiro de 2003, dirigido por Sílvio Tendler.

Glauber o Filme redescobre o cinema e as idéias do cineasta brasileiro Glauber Rocha. O filme causou furor no festival de Brasília, levando a uma maior procura dos filmes de Glauber.
Filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha, Glauber Rocha nasceu na cidade de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia.

Foi criado na religião da mãe, que era protestante, membro da Igreja Presbiteriana por ação de missionários americanos da Missão Brasil Central.

Alfabetizado pela mãe, estudou no Colégio do Padre Palmeira - instituição transplantada pelo padre Luís Soares Palmeira de Caetité (então o principal núcleo cultural do interior do Estado).

Em 1947 mudou-se com a família para Salvador, onde seguiu os estudos no Colégio 2 de Julho, dirigido pela Missão Presbiteriana, ainda hoje uma das principais escolas da cidade.

Ali, escrevendo e atuando numa peça, seu talento e vocação foram revelados para as artes performativas. Participou em programas de rádio, grupos de teatro e cinema amadores, e até do movimento estudantil, curiosamente ligado ao Integralismo[carece de fontes?].

Começou a realizar filmagens (seu filme Pátio, de 1959, ao mesmo tempo em que ingressou na Faculdade de Direito da Bahia (hoje da Universidade Federal da Bahia, entre 1959 a 1961), que logo abandonou para iniciar uma breve carreira jornalística, em que o foco era sempre sua paixão pelo cinema. Da faculdade foi o seu namoro e casamento com uma colega, Helena Ignez.

Sempre controvertido, escreveu e pensou cinema. Queria uma arte engajada ao pensamento e pregava uma nova estética, uma revisão crítica da realidade. Era visto pela ditadura militar que se instalou no país, em 1964, como um elemento subversivo.

No livro 1968 - O ano que não terminou, Zuenir Ventura registra como foi a primeira vez que Glauber fez uso da maconha, bem como o fato de, segundo Glauber, esta droga ter seu consumo introduzido na juventude como parte dos trabalhos da CIA (Agência Americana de Inteligência) no Brasil.

Em 1971, com a radicalização do regime, Glauber partiu para o exílio, de onde nunca retornou totalmente. Em 1977, viveu seu maior trauma: a morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, que, aos 34 anos, caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã dele morreu, aos 11 anos, de leucemia.

Glauber faleceu vítima de septicemia, ou como foi declarado no atestado de óbito, de choque bacteriano, provocado por broncopneumonia que o atacava há mais de um mês, na Clínica Bambina, no Rio de Janeiro, depois de ter sido transferido de um hospital de Lisboa, capital de Portugal, onde permaneceu 18 dias internado. Residia há meses em Sintra, cidade de veraneio portuguesa, e se preparava para fazer um filme, quando começou a passar mal.
[editar] O cineasta

Antes de estrear na realização de uma longa metragem (Barravento, 1962), Glauber Rocha realizou vários curtas-metragens, ao mesmo tempo que se dedicava ao cineclubismo e fundava uma produtora cinematográfica.

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969) são três filmes paradigmáticos, nos quais uma crítica social feroz se alia a uma forma de filmar que pretendia cortar radicalmente com o estilo importado dos Estados Unidos da América. Essa pretensão era compartilhada pelos outros cineastas do Cinema Novo, corrente artística nacional liderada principalmente por Rocha e grandemente influenciada pelo movimento francês Nouvelle Vague.

Glauber Rocha foi um cineasta controvertido e incompreendido no seu tempo, além de ter sido patrulhado tanto pela direita como pela esquerda brasileira. Ele tinha uma visão apocalíptica de um mundo em constante decadência e toda a sua obra denotava esse seu temor. Para o poeta Ferreira Gullar, "Glauber se consumiu em seu próprio fogo".

Com Barravento ele foi premiado no Festival Internacional de Cinema da Tchecoslováquia em 1963. Um ano depois, com 'Deus e o diabo na terra do sol, ele conquistou o Grande Prêmio no Festival de Cinema Livre da Itália e o Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Acapulco.

Foi com Terra em Transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro. Outro filme premiado de Glauber foi O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, prêmio de melhor direção no Festival de Cannes e, outra vez, o Prêmio Luiz Buñuel na Espanha.

Quem matou Pixote?





Quem matou Pixote? é um filme brasileiro de 1996, do gênero drama biográfico, dirigido por José Joffily. O filme conta a curta trajetória de Fernando Ramos da Silva, como ator e como pessoa.A história de Fernando Ramos da Silva, um semi-analfabeto que ficou conhecido ao interpretar o papel-título em Pixote - A Lei do Mais Fraco. Porém, quando a fama acabou ele não conseguiu trabalho como ator, se desesperou e acabou se enveredando pelo crime, como o personagem que interpretou.

Menino de rua, tornou-se ator ao ser escolhido para viver o personagem Pixote no filme Pixote, a Lei do Mais Fraco, de 1981, dirigido por Hector Babenco. O garoto foi considerado uma revelação e o filme foi muito premiado no Brasil e exterior. Tentou continuar a carreira no Rio de Janeiro, participando da telenovela global O Amor É Nosso, em 1981. Depois disso, Fernando nunca mais se destacou, fazendo apenas pequenas participações nos filmes Eles não Usam Black-tie, também de 1981, e Gabriela, Cravo e Canela, de 1983.

Tempos depois do filme, Fernando volta a Diadema (região do ABCD paulista), sempre na esperança de o posto de ator, acaba retornando à sua antiga vida, em um ambiente de total miséria e precariedade. Decidido a tentar novamente a carreira de ator, vai ao Rio de Janeiro, sendo escolhido para interpretar um personagem em uma novela da Rede Globo, com a ajuda de José Louzeiro. Porém, Fernando foi demitido em pouco tempo, por não conseguir decorar os textos, já que era semi-analfabeto.

Novamente vivendo nas ruas, se envolveu com a criminalidade, em parte devido à influência dos irmãos. Foi preso duas vezes, uma por assalto e outra por porte ilegal de arma. Logo após um assalto, aos 19 anos, Fernando foi assassinado por policiais em 1987.[1] Os assassinos, depois de uma longa disputa judicial, ainda se encontram em liberdade.

Sua esposa, Cida Venâncio, escreveu o livro Pixote Nunca Mais, o qual foi inspirador do filme Quem Matou Pixote?, de José Joffily, que conta a curta trajetória de Fernando Ramos da Silva como ator e como pessoa. No filme, Fernando foi vivido pelo ator Cassiano Carneiro.

Elenco

(Créditos em ordem de importância)

* Cassiano Carneiro ... Fernando Ramos da Silva (Pixote)
* Luciana Rigueira ... Cida Venâncio da Silva
* Joana Fomm ... Josefa
* Tuca Andrada ... Cafu
* Roberto Bomtempo ... Lobato
* Carol Machado ... Ana Lúcia
* Maria Luisa Mendonça ... Malu
* Antonio Abujamra ... Lawyer
* Paulo Betti ... Diretor de TV
* Edmilson Santi ... Policial
* Louise Cardoso
* Neuza Caribé ... Operária da briga
* Maria Lúcia Dahl ... Atriz de TV
* Candido Damm ... Carbonara
* Laura Lustosa ... Mulher assaltada
* Henrique Pires ... Homem assaltado
* Antônio Petrin ... Comissário
* Sávio Pinheiro ... Kiko
* Anselmo Vasconcelos ... Diretor do filme
* Thiago Vidal ... Fernando (criança)
* Orlando Vieira ... Louzeiro
* David Ypond ... Policial/Japa
* Luiz Sérgio Silva ... Homem dos búzios
* Janser Barreto ... Artista de rua
* Tina Águas ... Irmã de Fernando
* Luciane Vivas ... Irmã de Fernando
* Duda Mamberti ... Dono do Bar
* Maurício Souza Lima ... Jornalista na estréia de "Pixote"
* Tuca Moraes ... Jornalista na estréia de "Pixote"
* [[Márcia de Paoli ... Jornalista na estréia de "Pixote"
* Jaime Berenger ... Comparsa de Cafú
* Dirceu Bellizzi ... Comparsa de Cafú
* Sônia Praça ... Equipe de cinema
* Marcelo Ferreti ... Equipe de cinema
* Silvano Monteiro ... Jornalista na delegacia
* Marco Aurélio Harmelin ... Jornalista na delegacia
* Cacá Diaz ... Rapaz que dança com Ana Lúcia
* Antonio Abujamra ... Advogado
* Marco Antônio Americano ... Comprador de carro roubado
* Luiz Otávio ... Técnico de TV
* Isley Clair ... Amante de Cafú
* Rafaela Amado ... Aluna de teatro
* Pedro Brício ... Aluno de teatro
* Eduardo de Souza Assis Filho ... Kiko criança
* Talita Yasmim de Oliveira ... Jaqueline aos 3 anos
* Thaiana Santana ... Jaqueline com 1 ano
* Alexia de Oliveira ... Jaqueline com 1 mês
* Gabriela Saraiva ... Cida aos 9 anos

Roteiristas

* Jorge Durán
* Paulo Halm
* José Joffily
* José Louzeiro ... Livro "Pixote, a Lei do Mais Forte"

A Vida É um Sopro




A Vida É um Sopro é um documentário brasileiro sobre vida e obra do arquiteto Oscar Niemeyer.O filme fala da história de Oscar Niemeyer, um mais reconhecidos arquitetos brasileiros. De forma descontraída trata de aquitetura, histórias do arquiteto, luta política e de sua paixão pelas mulheres. No documentário são mostradas belas imagens de muitas de suas obras, a Casa das Canoas, o Palácio do Planalto, a Sede do Partido Comunista Francês, a Universidade de Constantine, o MAC Niterói, entre outras.Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907) é um arquiteto brasileiro, considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.
Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida,[1] Oscar Niemeyer nasceu no bairro de Laranjeiras, na rua Passos Manuel, que receberia no futuro o nome de seu avô Ribeiro de Almeida, ministro do Supremo Tribunal Federal. Niemeyer foi profundamente marcado pela lisura na vida pública do avô, que como herança os deixou apenas a casa em que morava e cuja regalia era uma missa em casa aos domingos.

Niemeyer passa a sua juventude sem preocupações e na boêmia, frequentando o Café Lamas, o clube do Fluminense[2] e a Lapa. Em suas palavras: "parecia que estávamos na vida para nos divertir, que era um passeio."

Em 1928, aos 21 anos, casou-se com Anita Baldo, 18 anos, filha de imigrantes italianos da província de Pádua. A cerimônia de casamento na igreja do bairro atendeu aos desejos da noiva. "Casei por formalidade. Mais católica do que minha esposa é impossível, então não me incomodei em casar dessa forma". O casamento foi no mesmo ano da formatura no ensino médio. O casal teve somente uma filha, Anna Maria Niemeyer, que deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos ao arquiteto.

Casado, Oscar troca a vida boêmia pelo trabalho na tipografia do pai. Resolve retomar os estudos. Em 1929, ingressa na Escola Nacional de Belas Artes, de onde saiu formado como arquiteto e engenheiro, em 1934.

Desde sempre idealista, mesmo passando por dificuldades financeiras, decide trabalhar sem remuneração no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão. Não lhe agradava a arquitetura comercial vigente e viu no escritório de Lúcio Costa uma oportunidade para aprender e praticar uma nova arquitetura.

Viúvo desde 2004, casou-se em novembro de 2006, com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos.

Até 23 de setembro de 2009, quando foi internado, passando em seguida por duas cirurgias, para retirada da vesícula e de um tumor do cólon, o arquiteto costumava ir todos os dias ao seu escritório em Copacabana. Ultimamente, trabalhava no projeto Caminho Niemeyer, em Niterói, um conjunto de nove prédios de sua autoria.[3] Até outubro Niemeyer permaneceu internado no mesmo hospital, no Rio de Janeiro. Em 25 de abril de 2010, foi novamente internado, apresentando um quadro de infecção urinária. O arquiteto deveria participar do lançamento da edição especial da revista "Nosso Caminho", no dia 27 de abril, em homenagem aos 50 anos de Brasília. A festa foi cancelada.

Madame Satã




João Francisco dos Santos (Glória do Goitá, 25 de fevereiro de 1900 — Rio de Janeiro, 11 de abril de 1976), mais conhecido como Madame Satã, foi um transformista brasileiro, personagem emblemático da vida noturna e marginal do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX.

Criado numa família de dezessete irmãos, João Francisco chegou a ser trocado, quando criança, por uma égua. Jovem, foi para Recife, onde viveu de bicos. Posteriormente, mudou-se para o Rio, indo morar no bairro da Lapa. Analfabeto, o melhor emprego que conseguiu foi o de carregador de marmitas. Mas há quem diga que foi cozinheiro de mão-cheia. Foram fatores de sua marginalização o fato de ser negro, pobre e homossexual.

Dotado de uma índole irônica e extrovertida, Santos logo pegou gosto pelo carnaval carioca. Foi assim que, em 1942, ao desfilar no bloco-de-rua Caçador de Veados, surgiu seu apelido. O transformista se apresentou com a fantasia Madame Satã, inspirada em filme homônimo de Cecil B. DeMille.

Era freqüentador assíduo do bairro da Lapa, (reduto carioca da malandragem e boemia na década de 1930), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas. Cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou de agressão.

Nos anos 30, João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã, tornou-se uma das figuras mais emblemáticas do Rio de Janeiro. Neste filme de Karim Ainouz, a vida do malandro, artista transformista, capoeirista, cozinheiro, presidiário e pai é recontada. João Francisco passou a maior parte da vida entre a boemia carioca e a prisão, especialmente nos arredores da Lapa. O filme se passa em 1932, quando o protagonista realiza seu grande sonho de se tornar um estrela dos palcos. É nesse processo de transformação e mitificação de Madame Satã (nome tirado do filme de Cecil B. De Mille, Madam Satan, de 1930) que a produção se concentra.


Prêmios

Ganhou cinco prêmios no Grande Prêmio Cinema Brasil, nas categorias de Melhor Ator (Lázaro Ramos), Melhor Atriz (Marcélia Cartaxo), Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Melhor Direção de Arte. - Recebeu 10 indicações nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Emiliano Queiroz e Flávio Bauraqui), Melhor Atriz Coadjuvante (Renata Sorrah), Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, Melhor Montagem, Melhor Fotografia e Melhor Som.


Biografia

É ilimitado o anedotário criminal de João Francisco dos Santos (1900-1976). Credita-se ao malandro homossexual, tornado famoso como Madame Satã, mais de 100 assassinatos e 3 mil brigas. Com talento para o marketing pessoal, ele ajudou a forjar seu mito, de gay muito macho, bom de briga e fera na navalha, ao narrar como batia em policiais violentos. Seus casos eram espetaculares. Em um dos confrontos, teria amarrado uma navalha em um barbante e, em segundos, levado ao chão seis homens fardados. Satã se orgulhava ainda de, em uma briga de bar, ter matado o sambista Geraldo Pereira, autor de 'Escurinho'. Tornou-se lenda ainda vivo.



FICHA TÉCNICA

Diretor: Karim Ainouz
Produção: Marc Beauchamps, Isabel Diegues, Vincent Maraval, Mauricio Andrade Ramos, Walter Salles.
Roteiro: Karim Ainouz
Fotografia: Walter Carvalho
Trilha Sonora: Sacha Amback, Marcos Suzano
Duração: 105 min.
Ano: 2002
País: Brasil/ França
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: VideoFilmes / Wild Bunch
Classificação: 16 anos

Elenco: Lázaro Ramos, Marcelia Cartaxo, Flavio Bauraqui, Felippe Marques, Emiliano Queiroz, Renata Sorrah.

Foi preso várias vezes, chegando a ficar confinado ao presídio da Ilha Grande, agora em ruínas. Freqüentemente, Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade. Exímio capoeirista, lutou por diversas vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros.

É considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX.

Faleceu logo após a sua última saída da prisão, morando em sua casa que hoje em dia é um camping.

No ano de 2002, foi rodado no Brasil um filme sobre sua vida, que leva o também o nome de Madame Satã, que recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Nesse filme, João Francisco dos Santos foi interpretado pelo ator Lázaro Ramos.

Dois filhos de Francisco




O longa-metragem conta a trajetória dos famosos cantores sertanejos Zezé Di Camargo (Márcio Kieling) e Luciano (Thiago Mendonça) a partir do sonho do pai, Francisco Camargo (Ângelo Antônio). Trabalhador rural e apaixonado por música, ele passava todo o seu tempo livre escutando um rádio de pilha e planejando transformar os filhos em uma dupla caipira de sucesso, como aquelas que tanto gostava.

Premiaçõese Curiosidades

- Melhor Atriz (Dira Paes) no Festival de Língua Portuguesa, Lisboa, Portugal, 2006

- Melhor Diretor Estreante no Palm Spring Springs Film Festival, EUA,2006

- Melhor Filme (júri Popular) no Festival internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana, Cuba,2006.

- Melhor ator coadjuvante (José Dumont) e Melhor Ator (Ângelo Antonio) no Best Performace in a Internacional Fesnture Film – Yong Artist Award,2007.

- Melhor ator coadjuvante (José Dumont) e Melhor Ator (Ângelo Antonio) no Premio Qualidade Brasil, RJ,2007.

- Melhor Atriz Coadjuvante (Paloma Duarte) no Academia Brasileira de Cinema, RJ, 2007.

- Estréia de Breno Silveira como diretor de longa-metragem.

- As filmagens tiveram início em 1º de maio na cidade de Pirenópolis, em Goiás. Foram ao todo 8 semanas de filmagens, sendo uma no Rio de Janeiro.

- O orçamento de 2 Filhos de Francisco foi de R$ 5,9 milhões.

- As filmagens tiveram dois meses de duração

- Foi orçado em R$ 5,9 milhões

- Além de acompanharem de perto as gravações, os irmãos Zezé Di Camargo e Luciano também assinam a trilha sonora e atacam de narradores do filme, além de interpretarem eles próprios na fase adulta.

- Título inicial de 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé Di Camargo e Luciano.

- O laboratório exigiu muito de toda a equipe. Ficaram durante cinco dias num sítio perto de Pirenópolis totalmente sem luz, onde acordavam às seis da manhã e, durante o dia, ordenhavam vacas e capinavam.

- A pedido de Paloma Duarte canção de seu pai, Antônio Marcos, vai entrar na trilha do filme

Fontes: Adorocinemabrasileiro, Cinema Yahoo
- A trilha sonora, traz a voz de grandes estrelas da MPB e tem Caetano Veloso como um de seus produtores, o outro é César Augusto. Caetano trabalhava no Rio, cuidando da parte MPB, Augusto gravava em São Paulo as sertanejas.

Biografia dos dois:

Prenunciados por versos que lhes serviriam como uma declaração de princípios, de romantismo incondicional - 'Eu não vou negar que sou louco por você' -, Zezé di Camargo e Luciano não fizeram cerimônia: foram logo estendendo o tapete vermelho para entrarem no seleto clube da MPB só para aqueles com álbuns com mais de 1 milhão de cópias vendidas. Era apenas o disco de estréia, em 1991, quando tinham em mão "É O Amor", a música de maior sucesso do país naquele ano, um estouro, uma mania, um vício.

Começo tão promissor, poderia ser fogo de palha. Quanta gente já não trilhou o mesmo caminho, viveu seus 15 minutos de disco de diamante e virou recordação? Mas com eles não seria assim. Os meninos tinham um trunfo poderoso, uma usina de sucessos e de versos enamorados, um compositor de muitos amores: Zezé di Camargo, que antes mesmo de estourar com o irmão, já colocava suas composições nas vozes de outros cantores, brilhando como em "Solidão A Três", gravada por Leandro & Leonardo em 1990.

Dono de rara simplicidade poética, melódica e métrica, ao lado do irmão, Zezé foi emplacando no mínimo quatro mega sucessos por disco, praticamente todos denominados “Zezé di Camargo e Luciano”. E as vendagens foram crescendo, volta e meia chegando e ultrapassando a casa dos 2 milhões de CDs comercializados.

Os hits, para citar apenas um por ano, vêm fácil à memória auditiva: "Coração Está Em Pedaços" (1992), "Saudade Bandida" (93), "Vem Cuidar De Mim" (94), "Pão De Mel" (95), "Indiferença" (96), "Cada Volta é Um Recomeço" (97), "Pra Não Pensar Em Você" (98), "Pare!" (99), "Dou A Vida Por Um Beijo" (2000), "Passou Da Conta" (2001), "A Ferro E Fogo" (2002), "Pra Mudar Minha Vida" (2003). Isso sem se esquecer dos espanhóis Camargo e Luciano (94) e Zezé di Camargo e Luciano (2001), além de três discos ao vivo.

No somatório de todos estes lançamentos, a dupla de meninos pobres do interior de Goiás bateu os 20 milhões de cópias vendidas na carreira, o que lhes rendeu uma edição comemorativa com os 100 maiores sucessos da dupla, numa caixa de oito CDs, sendo um deles só com videoclipes. A dupla se firmou ainda como a maior vendedora de DVDs do mercado brasileiro, com Zezé di Camargo e Luciano ao vivo (2002) e Ao Vivo na Estrada (2004), ambos campeões de vendagem, consolidando uma carreira que a julgar pelo fôlego e a disposição da dupla ainda promete muito mais.

Fonte: SITE SONY BMG

Ficha técnica:

Título original: 2 Filhos de Francisco
Gênero: Drama
Duração:
Lançamento (Brasil): 2005
Distribuição: Columbia TriStar do Brasil
Direção: Breno Silveira
Roteiro: Patrícia Andrade e Carolina Kotscho
Produção: Luiz Noronha, Leonardo Monteiro de Barros, Pedro Buarque de Hollanda e Breno Silveira
Co-produção: Conspiração Filmes, ZCL Produções e Columbia TriStar do Brasil
Música: Zezé di Camargo
Fotografia: André Horta
Direção de arte: Kiti Duarte
Figurino: Cláudia Kopke
Edição: Vicente Kubrusly

Elenco:

Márcio Kierling (Zezé di Camargo)
Thiago Mendonça (Luciano)
Ângelo Antônio (Seu Francisco Camargo)
Dira Paes (D. Helena Camargo)
Paloma Duarte (Zilú)
Dablio Moreira (Zezé di Camargo - criança)
Wigor Lima (Luciano - criança)
Marco Henrique (Emival)
Maria Flor (Solange)
Natália Lage (Cléo)
Jackson Antunes (Zé do Fole)
Pedro (Leandro)
Thiago (Leonardo)
Lima Duarte
José Dumont
Zezé Di Camargo
Luciano